0 Cine - Memórias Póstumas de Brás Cubas

O filme Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma belíssima adaptação da obra de Machado de Assis.
Estrelado por Reginaldo Farias e com atuações impecáveis de Petrônio Gontijo, Viétia Zangrandi, Sonia Braga, Otavio Muller e Marcos Caruzo, o longa é dirigido por André Klotzel, um dos cineastas mais premiados da época.
O filme lançado em 2001 conta a história de Brás Cubas, que depois de sua morte aos 64, muito bem vividos, decide narrar os acontecimentos de sua vida.
Após uma breve passagem por seu funeral, Brás faz uma viagem ao início de sua vida, mostrando do nascimento até a morte.

Revive sua infância de menino mimado pelo pai e sua mãe, "senhora fraca de pouco cérebro e muito coração" uma sombra de melancolia. Aos 17 anos apaixonou-se por Marcela, uma mulher interesseira que o amou "durante quinze meses e onze contos de réis".

Quando atinge a idade adulta é enviado a Coimbra para concluir sua formação acadêmica, o que faz de forma medíocre. Volta ao receber uma carta de seu pai que o avisa sobre a péssima situação de saúde se sua mãe, que pouco depois falece.
De volta ao Rio de Janeiro, Brás encanta-se por Eugênia, filha de uma amiga da família, bonita porém coxa.

Seu pai o convenceu a ingressar na vida política e se casar, para noiva escolheu Virgília, Brás se apaixonou pela moça, mas ela casou com outro, Lobo Neves, o mesmo que ficou com sua candidatura. Após isso, o pai de Brás Cubas adoece e morre.

Um tempo depois Brás reencontra Virgília e o amor reaparece, os dois tornam-se amantes.
Aos 50 anos se torna deputado, insignificante e limitado. Não consegue virar Ministro de Estado, funda um jornal, que fracassa seis meses depois.

Brás relembra as amizades ao encontrar Quincas Borba, um velho amigo que lhe roubara um relógio, esse, se mantém fiel até o fim.
Com 64 anos tentou criar um remédio para a hipocondria. E sem alcançar a tão sonhada glória, pega uma pneumonia resultante de uma "ideia" e morre.

"Não alcancei a celebridade do Emplasto, não fui Ministro, não fui Califa, não conheci o casamento [...] Não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria".

Morto, Brás Cubas torna-se um defunto-autor de suas memórias, uma última tentativa de atingir o sucesso.

Pela brilhante trama e um excelente trabalho dos atores, o filme foi vencedor de 5 prêmios em Gramado e exibido em 11 festivais internacionais. Uma história sem grandes reviravoltas, mas com uma simplicidade familiar que prende a atenção do telespectador. Apesar de ser uma obra de 1881 se revela bem atual, e com doses de ironia, uma característica do autor, revela por que é um marco da literatura brasileira.

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